Tuesday, June 23, 2009

da desilusão

Como o cabelo dourado de Sansão, que cai as seus pés, eu sinto-me enfraquecida pela ilusão constipada que recai agora sobre mim. Quase mutilada pelo corte enraivecido tecido sobre as minhas costas viradas, acrescento que não estava a espera. Apaixonada por este guardar em mim de uma seguraça sã, de quem acredita que a amizade curada é capaz de se guardar ao ardor dos épicos mais sagrados. Mas há heresia ainda assim nessas camadas negras da vida; quando a força nos é retirada, o amor é dedilhado como se fosse a maldade mais negra, como se a minha mão, olhar, dignidade e entrega fossem substituíveis. Ao menos que o sejam com a morte, com o amor, com a forte desgraça; não apenas com vingança. Como Dalila.

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